SAIBA COMO O BRASIL VAI SE ADAPTAR AOS CARROS MOVIDOS A ELETRICIDADE

O futuro vem chegando bem depressa no setor de transportes, tendo a “descarbonização” como palavra de ordem. Desde o Acordo de Paris, de 2015, nações do mundo inteiro se comprometeram a promover a economia de baixa emissão dos gases do efeito estufa, especialmente o dióxido de carbono, gerado pela queima de combustíveis fósseis.

A ambiciosa meta de emissão zero de carbono, em 2070, passa por uma etapa intermediária, de redução significativa até 2030. O Brasil, signatário dos acordos climáticos, se comprometeu oficialmente a cortar 43% de suas emissões até 2030, em relação aos níveis de 2005.

Carros elétricos 

Entre as várias iniciativas que serão tomadas em favor do reflorestamento e de utilização de biocombustíveis, há também grande expectativa do aumento da participação de carros elétricos na frota nacional.

Mas como será, na prática, abastecer milhões de carros ligados na tomada? Apesar de existir a possibilidade de todo mundo recarregar ao mesmo tempo é pouco provável que isso venha a acontecer.
Segundo a pesquisadora Tatiana Bruce, da FGV Energia, a chegada de veículos 100% elétricos na frota brasileira será precedida de evolução tanto da tecnologia quanto da regulação, de forma que a recargas simultâneas estarão fora da norma.

A FGV Energia, da qual Tatiana faz parte, é um núcleo de estudos sobre energia da Fundação Getúlio Vargas. Ela aponta ainda um levantamento de outra instituição, o Relatório de Mobilidade Elétrica, desenvolvido pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel), que descreve um cenário no qual os veículos elétricos representam 20% da frota nacional, percorrendo 8 mil km por ano e consumindo 6 kWh/km.

“Dadas essas premissas, a demanda de eletricidade desses veículos equivaleria a menos de 2% de toda eletricidade consumida no país em 2011. Quanto à potência, o acréscimo seria de 10%, caso o abastecimento dos veículos ocorresse após as 18 horas”, diz a pesquisadora da FGV Energia.

Com base nos estudos e simulações atuais, a conclusão é a de que as redes de energia elétrica conseguiriam suportar a carga adicional. Além disso, com o armazenamento nas baterias desses novos veículos haveria uma grande oportunidade de utilização de fontes intermitentes de energia, como a solar e a eólica.

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